MAROCAS

Setembro 22 2004
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O Partido Socialista vai a eleições com os candidatos Manuel Alegre, João Soares e José Sócrates. Estes três candidatos vão a votos, para, um deles, ser escolhido pelos seus militantes a secretário Geral do Partido. A imprensa tem-nos dado a ver alguns ‘espectáculos’ desta campanha, onde, por vezes, o confronto verbal é de baixo nível , e quem perde é o partido, os seus militantes, e simpatizantes que pouco têm apreciado este exagero mediático, esperando todos que, até ao dia das eleições, o bom senso impere para bem da democracia interna e da imagem deles.

Manuel Alegre vai concorrer por imposição de alguns socialistas que o empurraram para estas eleições, quando já todos pensavam que iria acabar a sua carreira política como deputado do partido, a par da sua vida cultural. Talvez fosse melhor para ele, ficar-se pelos livros, pois advinha-se que estas eleições já têm vencedor, e certamente não será ele... Mas porque não pensar que a par dos livros, ser ele o próximo candidato à Presidência da Républica? A esquerda certamente que agradece e o país também, e não estará aqui resolvido o problema do candidato do Partido Socialista?

João Soares é o que mais provas visíveis do seu trabalho tem, e do que é capaz de fazer num cargo político importante. A sua presidência na Câmara de Lisboa deu bons resultados à população, que não o irá esquecer tão depressa, como foi a sua acção no combate ao fogo no Chiado, e especialmente o seu enorme contributo aos que viviam em barracas, e no Casal Ventoso, onde a sua determinação e capacidade de realização de trabalho, foi muito importante, para pôr fim aos ‘bairros da lata’ de Lisboa, onde os beneficiados foram os mais necessitados da capital. Perdeu as eleições seguintes, por sua culpa, (ou foi ‘roubado’ na contagem dos votos?) com o ‘demagogo’ do Santana Lopes, esquecendo-se ele que, Pedro, é um grande contador de histórias e que vai enganando alguns com a sua conversa gentil e mole, e foi o que aconteceu. João Soares, apesar do apoio da sua família, não deverá ser o eleito, talvez devido a alguns ‘nós’ internos que não consegue desatar, e com pena minha pois se fosse militante, o meu voto seria dele, como agradecimento pela sua competência no Município da minha cidade. Se o lugar de Secretário Geral não passar por ele, aqui lhe deixo um recado: ‘os lisboetas agradecem a sua nova passagem pela Câmara’.

José Sócrates será provavelmente o vencedor, dado que tem apoios muito importantes dentro do partido, e talvez seja quem reúne mais simpatia junto dos bases. Com a sua eleição, a esquerda portuguesa espera conseguir combater a direita com a mesma firmeza e entusiasmo com que defendeu as suas ideias, como aconteceu quando esteve ligado ao ambiente onde foi ministro, quando o Partido Socialista foi Governo, onde realizou bom trabalho e com isso ganhou simpatia junto das pessoas. Precisa é de deixar cair o seu apoio a António Guterres, que talvez não o ajude muito junto de alguns portugueses, e propor Manuel Alegre como candidato à Presidência da Républica, se calhar está aqui o Presidente de todos Portugueses. Sócrates, se for o vencedor destas eleições internas, certamente terá o apoio de todos os militantes, mesmo daqueles que são seus ‘adversários’ de momento, como Manuel Alegre e João Soares, e quem ganhará será sempre o Partido Socialista e os portugueses que nele votarem.

Todos esperamos um novo rumo na política portuguesa, com o forte contributo do Partido Socialista, porque está outra vez na altura de ter as pessoas certas e competentes nos lugares mais importantes do nosso país. Como está a situação actual, com esta coligação, estaremos sempre no último lugar da Europa, e como exemplo temos agora os problemas graves criados pelo Ministério da Educação, com a abertura do novo ano escolar que grandes transtornos tem causado a todos, bem como as polémicas criadas pelo Dr. Santana Lopes junto dos portugueses, com a questão das taxas moderadoras na saúde, já não falando das atitudes patéticas que este Governo teve com a perseguição de dois vasos de Guerra da Marinha ao barquinho do ‘aborto’. com as seis valentes marinheiras que iam nele deixarem o Dr. Paulo Portas Ministro do Mar e afins, em maus lençóis perante a opinião pública Europeia.

publicado por Fernando Ramos às 14:06

Analise interessante. Merecia uma filiação.
jed a 22 de Setembro de 2004 às 17:36

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