MAROCAS

Junho 14 2005
VI - ADEUS POETA

Foi embora o poeta
desta vida de mil quereres,
com ele tanta cultura foi
para as terras dos saberes

Volta poeta, volta
para ouvirmos os teus dizeres,
porque tudo que sabemos
de ti nós aprendemos.

Tudo aquilo que perdemos
jamais iremos perceber
mais pobres ficámos na certa
com a falta do teu saber

Porquê meu amigo poeta,
tão cedo te foste embora
porquê essa pressa amigo
naquele dia pela aurora

O povo chora baixinho,
lagrimas sentidas de dor
todos estão sofridos
com falta do teu amor

O poeta não volta mais
lá das terras do saber
a cultura e outros tais
ficam cá para ver

O poeta não volta, não,
para mal da nossa liberdade
todos ficaram mais pobres
e com maior saudade

fernando ramos
14.06.2005

V - POBRE DA VERDADE

Pobrezinho eu serei
mas com muita dignidade
porque a vida me ensinou
falar sempre a verdade

A verdade faz doer
a todos, e com razão
mas ela tráz o saber
a um pobre de tostão

Nesta vida pobre sou
mas forte em emoção
em outra vida rico estou
mas pobre em solidão

Os anjos que este pobre tem
só a ele diz respeito
são dos bons e mais de cem
que vivem dentro de seu peito

Pobre e feliz me deixaste
com o saber e a certeza
que mais poderia eu querer
do que esta tua gentileza

fernando ramos
14.06.2005


IV - PARTIDA

Hoje partiu um amigo,
um amigo de verdade
Com ele foi uma vida
que agora me deixa saudade

Em outros dias passados
alguem falou de ti
lembrei-me dos nossos pecados
quando falavamos dum dia assim

Adeus amigo que fugiste
para a nossa eternidade
Deus quer que partamos
E que deixemos a saudade

Ó sinos do meu país
Ó poetas da minha cidade
tocai melodias que Deus quis
e escrevei poemas de liberdade

fernando ramos
14.06.2005


III - PARA UM GUERREIRO

Não choro pelo guerreiro
que é o meu herói
Mas choro da sua ausência,
porque é de lá que doi.

O povo do meu país,
saudades dele já tem
porque sabem que o guerreiro
daquele lado não vem.

Ó lutas então travadas,
o meu herói já não vem
o guerreiro já não volta
dos lados do além.

Autrora ele voltou
das masmorras do inferno
trazia a esperança a todos
dum futuro bom e sério

Com ele veio a vitória
duma guerra longa e escura
e de lá veio a esperança
que ainda hoje perdura

Ninguem acreditou
no meu herói guerreiro
Porque nos anos que passou
todos perderam no terreiro


fernando ramos
13.06.2005

II - ESPERANÇA NO CORONEL

Foste um trovão de Abril,
que de alegria nos encheu
eras generoso no dar, àqueles
que esperança não tinham.

Obrigada pela tua bondade,
o povo jamais te esquece
no inverno que se aproxima.

Contigo, um dia a esperança chegou,
e com ela, a força da tua razão,
e agora que partiste
no povo deixas uma lágrima,
porque a saudade se aproxima
e com ela, novamente a solidão
.

(fernando ramos
12.06.2005)


I - POMBA PERDIDA

Nas asas daquela pomba
vai o meu amor
Nelas vão minha vida
e todo o meu fervor

Não sei o que pensar
se aquela pomba não chegar
será que vou morrer
por causa de a perder

Ó pomba, vem depressa
e tráz a minha vida
sem ela não sei viver
nesta selva perdida

E se a pomba não voltar
eu sei que vou sofrer
Meu coração vai sangrar
por meu amor eu perder

Volta pomba por favor
porque ela é toda a minha razão
Eu sem ela não vivo
e fico na solidão

fernando ramos
5.06.2005


publicado por Fernando Ramos às 13:56

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